quarta-feira, 18 de setembro de 2013

DIGERIR O MUNDO
Luiz Gonzaga Caetano Monezi

VASTO MUNDO
FARTO PRATO
AOS ÓRGÃOS DIGESTÓRIOS DOS OLHOS
IGUARIAS TANTAS
PALATÁVEIS E INDIGESTAS
AOS APETITES VORAZES
COMPULSIVOS, ANORÉXICOS E BULÍMICOS
URGE REEDUCAR O OLHAR
PRA DIGERIR O MUNDO
SABOREAR, COMEMORAR
À MESA IMENSA , REDONDA DO PLANETA
CONFORME AS NORMAS DE ETIQUETA
DE FORMA SAUDÁVEL, SACIÁVEL, SUSTENTÁVEL
A UMA BOA DIGESTÃO

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Ecce verbum

Luiz Gonzaga Caetano Monezi

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revoluçõe Stressonegação
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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

IMC ALTO  =  RISCO PARA A SAÚDE

Calcule seu IMC (Índice de Massa Corporal) e verifique se não está com sobrepeso e colocando em risco sua saúde.









PERIMETRIA ABDOMINAL E RISCOS À SAÚDE










quarta-feira, 4 de setembro de 2013

ALIMENTOS ANTIOXIDANTES


Luiz Gonzaga Caetano Monezi[1]

Os antioxidantes tem a importante função no organismo de combater os radicais livres, responsáveis por inúmeras doenças e pelo envelhecimento precoce.
Os radicais livres[2] são produzidos no organismo, através das células, quando ocorre o processo de combustão, por meio do oxigênio, a fim de converter  os nutrientes alimentares absorvidos em energia, verificando-se o estresse oxidativo[3]. Originam-se também através da poluição, radiações, resíduos de pesticidas, aditivos químicos, gorduras saturadas, estresse, nutrição inadequada, fumo e bebidas alcoólicas.
Os alimentos roxos[4] (vinho, uva[5], cebola, repolho, batata, jabuticaba, etc.) são ricos em antocianinas, espécie de flavonoides, cuja ação antioxidante, protege o corpo de tumores, doenças vasculares, obesidade, e outros males.
O cacau, em maior quantidade em chocolates amargos, é rico em catequinas[6], substâncias antioxidantes, benéficas ao coração, circulação.
O chá verde contém grandes quantidades de catequinas, com ação antioxidante, evitando danos celulares, promoção de tumores. Contribui na queima de calorias, reduzindo excessos de gorduras localizadas, principalmente as viscerais.
O betacaroteno[7], também denominado de pró-vitamina A, contido em abundância na cenoura, constitui-se num poderoso antioxidante que contribui em retardar o envelhecimento e bronzeamento da pele.
A vitamina C, em quantidade nas frutas cítricas, com função antioxidante, retarda o envelhecimento precoce, estimula o sistema imunológico, acelera o processo de cicatrização.
O licopeno, pigmento de cor avermelhada, encontrado no tomate, goiaba, melancia e outras frutas, com ação antioxidante, reduz o risco de câncer de próstata, pulmão e estômago.
As frutas oleoginosas como a castanha, o abacate (rico em  ômega 9 e 3), fontes de gorduras insaturadas, mediante uso equilibrado, atuam na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer e envelhecimento precoce.
A Canela, abundante em compostos polifenóis e cromo, com ação antimicrobiana, anti-inflamatória e antioxidante melhora  a sensibilidade à insulina e controle glicêmico, reduz o colesterol. As principais componentes encontrados na canela, cravo e baunilha são os compostos aromáticos: cinamaldeído (antioxidante), vanilina[8] e eugenol[9].
A linhaça, fonte de ômega 3[10], tem ação vasodilatadora, inibe a agregação plaquetária, impedindo  doenças cardiovasculares.
A escolha de uma alimentação saudável, rica em antioxidantes constitui-se na solução mais viável ao ser humano se manter com saúde em meio a tantos riscos de doenças cada vez mais evidentes no mundo atual.



Referências

pt.wikipedia.org/wiki/Radical_livre

igasuadieta.com.br/2010/08/26/o-que-e-estresse-oxidativo

qnint.sbq.org.br/qni/visualizarTema.php?idTema=54

meuartigo.brasilescola.com › Química




[1] Graduado em Musicoterapia (FAP), pós-graduado em Ciências do Meio Ambiente (UEM), pós-graduado em Plantas Medicinais (UFLA), pós-graduando em Obesidade e Emagrecimento (AVM), professor graduado em Letras-anglo (UEM).
[2] Possuem elétrons de valência desemparelhada.
[3] O estresse oxidativo pode ser definido como o desequilíbrio entre a formação e remoção de agentes oxidantes no organismo. igasuadieta.com.br/2010/08/26/o-que-e-estresse-oxidativo/ Acesso em 3/9/2013.
[4] Pigmentos com tons azuis, violetas, vermelhos e púrpura.
[5] A casca da uva é rica em resveratrol, poderoso antioxidante no combate aos radicais livres.
[6] Polifenóis.
[7] Alimentos com pigmento alaranjado.
[8] Com propriedades antimicrobianas e antioxidantes. qnint.sbq.org.br/qni/visualizarTema.php?idTema=54‎ Acesso em 04/09/2013
[9] O eugenol, forte antisséptico, contribui no tratamento de náuseas, flatulência, indigestão e diarréia. pt.wikipedia.org/wiki/Eugenol Acesso em 03/09/2013
[10][10] Ômega 3 e 6, ácidos graxos poliinsaturados e insaturados, previnem doenças cardiovasculares, auxiliam no tratamento do câncer, alzheimer, obesidade, depressão, hipertensão, equilíbrio do colesterol na corrente sanguínea. meuartigo.brasilescola.com › Química‎ Acesso em 04/09/2013 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013



RESENHA: ETIOLOGIA[1] DO SOBREPESO E DA OBESIDADE

Caderno de Estudos e Pesquisa. AVM Instituto. Brasília-DF, 2010

 Luiz Gonzaga Caetano Monezi[2]

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, só no Brasil morrem mais de 100 mil pessoas por ano, vítimas da obesidade. O ganho de peso ocorre quando se gasta menos energia do que se consome; daí, o desequilíbrio energético, o sobrepeso, a obesidade (CID 10 E66), uma doença complexa de etiologia multifacetada que vem se alastrando no mundo todo a nível de epidemia. 

Dado a facilidade da sociedade atual há uma redução progressiva do gasto calórico nos afazeres do dia a dia. Principalmente nos países desenvolvidos, marcado pelo sedentarismo, ante a oferta abundante de alimentos altamente palatáveis, grande parte da população acaba por consumir grandes porções além do suprimento necessário; as dietas, por vezes se tornam ricas em gorduras e estas pessoas acabam por fazer parte da preocupante estatística da população de obesos.

Alguns indivíduos, por outro lado, com preocupações estéticas e outras mais, submetem-se a dietas rigorosas que às vezes se seguem por períodos de ingestão voraz, resultando em grandes flutuações na ingestão calórica e de nutrientes, contribuindo com o desequilíbrio no metabolismo orgânico e ganho de peso em parte destas pessoas. Torna-se importante lembrar que o balanço energético não se traduz apenas na restrição da ingestão de alimentos gordurosos, mas que outros fatores como a composição em aminoácidos das proteinas  dos alimentos, o metabolismo das glândulas de secreção interna, bem como o funcionamento dos diversos sistemas orgânicos devem ser levados em consideração.

H-a que se lembrar que a obesidade infantil é um forte indicador para a obesidade do adulto, uma vez que a taxa de gordura aumenta nessa  faixa etária posterior; e que a superalimentação, dietas ricas em gorduras favorecem o ganho de peso. As condições socioeconômicas (alta nos países pobres, baixa nos países ricos), o sedentarismo também são fatores de risco para a obesidade.

Conforme o material disponível verificou-se que o quociente respiratório (mais alto nos obesos) e a atividade baixa do sistema nervoso simpático contribuem para o ganho de peso. Inclusive, faz-se necessário destacar que pessoas antes obesas continuam com o quociente respiratório alto.

Pelo visto conclui-se que a escalada assustadora da obesidade no mundo atual explica-se em primeira mão, em decorrência a fatores ambientais. Por outro lado deve-se considerar que a predisposição genética desempenha um papel expressivo no ganho de peso entre 24 % a 40% da variação do IMC (Índice de Massa Corporal).

Através do estudo do mapa genético, classificaram-se as alterações genéticas favoráveis ao ganho excessivo de peso em: obesidade monogênica e demais síndromes genéticas relacionadas à obesidade. Com características mendelianas, os distúrbios monogênicos são quase que exclusivos da idade infantil, estando associados à hiperfagia. Essas mutações genéticas ocorrem em relação à atividade hormonal da: Pró-Ópio-Melanocortina (POMC), Melanocortina e Leptina (controlador do apetite, termogênese e peso corporal), reguladores do peso corporal. Mudanças na função da POMC resulta na hiperfagia, obesidade grave. Em síntese, estes hormônios em sua função normal desempenham um papel conjunto importante no equilíbrio da massa corporal.

Por outro lado estudos realizados por pesquisadores do Medical Research Council`s Epidemiology Unit comprovaram  que o estilo de vida ativo, sem grandes sacrifícios, auxilia notoriamente no combate da herança genética, contribuindo em torno de 40 % com a queima calórica relacionada à mesma.

Entre as síndromes genéticas associadas à obesidade destaça-se a Síndrome de Prader–Willi caracterizada pela deleção da porção proximal do braço longo do cromossomo 15 paterno (ou a falta de 7 genes do mesmo), ou raramente, na dissomia (par de cromossomos homólogos) materna do cromossomo 15. Esta traz como quadro clínico: deficiência mental, hipotonia muscular, excesso de apetite, obesidade progressiva, baixa estatura, hipogonadismo, distúrbio de sono e comportamental. Em torno dos 4 anos inicia-se a hiperfagia, desencadeando a compulsão alimentar, obesidade e problemas de saúde, reduzindo a expectativa de vida dos sujeitos. Mas isso não significa que se haverá de cruzar os braços mediante tais prognósticos e sim, buscar soluções, mesmo que paliativas, ante tantas possibilidades que a vida na redoma de seus mistérios em sua plasticidade e que a ciência possam oferecer.

 A síndrome de Bardet-biedl (BBS), rara, multissistêmica, de tipo ciliopático, caracteriza-se  por manifestações da obesidade, distrofia retiniana, polidactilia (mais de 5 dedos nas mãos), atraso mental, hipogonadismo (diminuição da função das gônadas) e insuficiência renal. Infelizmente, as pessoas responsáveis por esses sujeitos portadores de tais síndromes, às vezes não são suficientemente orientadas para ajudar a minorar os efeitos dos mesmos, proporcionando a eles uma vida mais condizente de acordo com as possibilidades normativas dos mesmos.

A conclusão a que se chega envolve em primeira mão as causas ambientais como responsáveis pela preocupante epidemia de nossos dias, a obesidade. Cabe uma alerta ao poder público e à sociedade como um todo ante este quadro crítico. Pois pesquisa realizada pelo IBGE  em parceria com o Ministério da Saúde (2008 – 2009) revela que 49 % da população adulta  está acima do peso. Muito embora, para uma parcela da população, causas genéticas  tornam-se fatores determinantes para o ganho excessivo de peso, torna-se importante lembrar que cuidados preventivos, através de uma boa orientação podem contribuir para minorar os efeitos da falha genética nestes sujeitos.



[1] Estudo das causas
[2] Graduado  em Letras Anglo pela UEM, graduado em Musicoterapia pela FAP, pós-graduado em Ciências do meio ambiente pela UEM, pós-graduado em Plantas Medicinais pela UFLA, pós-graduando em Obesidade e Emagrecimento pela AVM Faculdade Integrada.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

PÃO INTEGRAL


Dar receitas é bom, mas colocar a mão na massa é imprescindível!


PÃO INTEGRAL
INGREDIENTES:
           2 litros de água morna.
           1 xícara de farinha de linhaça (opcional)
           2 colheres de açúcar mascavo (pode ser o branco)
           2 colheres de lecitina de soja (opcional)
            1 colher rasa de sal
           1/2 kg de shorot de trigo ou farinha de trigo integral grossa
           3 colheres de fermento de padaria
           1 xícara de óleo (de preferência: canola)
           farinha branca até dar o ponto
PREPARO DO FERMENTO: 
     1 colher de mel em meio copo de água morna(mexer).
     Colocar o fermento (mexer).
     1 colher de farinha branca (mexer)
     Cobrir e deixar crescer.
PREPARO DO PÃO:
· Colocar a água morna numa bacia  e a farinha integral
· Acrescentar o fermento crescido, a lecitina,  linhaça, o sal, açúcar, óleo (mexendo após cada ingrediente).
· Ir colocando  a farinha branca , mexendo sempre, até a massa ficar no ponto de amassar com as mãos.
· Amassar até a massa ficar bem elástica, sem grudar nas mãos.
· Cobrir com toalha e colocar dentro de um saco plástico para crescer mais rápido.
· Enrolar c/gergelim(opcional) e/ou sementes de linhaça, colocar em forma  untada com óleo e deixar crescer.
Levar ao forno.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

FEIRA DO LARGO DA ORDEM EM CURITIBA

Aos domingos, a partir das 8 horas estamos na feira  até as 14 horas. Nossa barraca fica na esquina da Rua 13 de Maio com a Mateus Leme. Venham nos visitar!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MUSICOTERAPIA EM SALA DE ESPERA EM UMA PERSPECTIVA MERLEAU-PONTYANA





Luiz Gonzaga Caetano Monezi
Graduado em Letras Anglo portuguesa pela UEM, especialista em Ciências do Meio Ambiente pela UEM, especialista em Plantas Medicinais pela UFLA, professor aposentado de Português e Inglês da rede estadual de ensino, graduado em Musicoterapia pela FAP.

Bernadete Franco Grilo Machado
Graduada em Ciências Sociais, Especialista em Pensamento Contemporâneo do século XX e Mestre em Filosofia pela PUCPR. Professora Assistente da Faculdade de Artes do Paraná (FAP)
Resumo

Este artigo reflete sobre a utilização de atividades musicoterapêuticas como uma estratégia de produção de saúde com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Privilegia-se a descrição de experiências vividas em sala de espera, através de vivências musicais, conforme os processos musicoterapêuticos. As atividades foram desenvolvidas no decurso de um estágio realizado em uma das unidades básicas de saúde de Curitiba. A reflexão de tal contexto envolve questões teórico-conceituais, a respeito da práxis, da ética, das políticas em Musicoterapia, e de humanização do SUS. Nesse sentido esse artigo considera estudos musicoterápicos e uma perspectiva de compreensão à luz da filosofia merleau-pontyana.

Palavras-chave: Sala de espera. Musicoterapia. Acolhimento. Experiência musical. Expressão do vivido.

Abstract

This paper reflects about the use of music therapist activities as production strategy of health for the users of Sistema Único de Saúde, SUS (the public Brazilian Health Care). The focus is the description of experiences in the waiting room, through musical experienced, in accordance with music therapy process. The activities were developed during the College training period at a basic health unit in Curitiba. The reflection of this context involves theoretical and conceptual questions regarding the practice, ethics, policies in Music Therapy and humanization of the SUS. In this sense this paper consists music therapics studies and a perspective of understanding based in Merleau-Ponty philosophy.

Key-words: Waiting room. Music therapy. Wellcome. Musical experience. Experienced expression.

1 INTRODUÇÃO

O interesse de se utilizar atividades musicoterapêuticas em sala de espera, em busca do acolhimento ao usuário, surgiu com o propósito de dar suporte a lacunas referentes à Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS. Entre os eixos da PNH, segundo HunamizaSUS (2011) consta o de “adequar os serviços ao ambiente e à cultura dos usuários, promovendo a ambiência acolhedora.”
O ambiente de sala de espera de uma unidade básica de saúde, em geral se caracteriza como um espaço tenso, pouco confortável, marcado pela expressão de dor, de preocupação e cuja paisagem sonora se constitui de chamadas para as consultas e outros atendimentos, choros de crianças, falas sobre os problemas do dia a dia, sons produzidos por programas alienatórios de uma TV o tempo todo ligada, ambiente em que raramente há espaço a expressão do riso.
Nas experiências musicoterapêuticas durante a espera, a ambiência passou por uma grande transformação, a partir do momento em que os instrumentos eram colocados à disposição dos participantes para serem tocados. Expressões fechadas davam lugar ao sorriso, as preocupações se esvaiam, propiciando espaço à descontração, à curiosidade, ao entretenimento, numa valoração ao momento vivido. As interações se processavam no fazer musical através do analógico e do verbal, permitindo o fluir do diálogo com nuanças de inclusão, solidariedade, protagonismos, imprimindo ênfase a coletivos.
Para uma reflexão mais em consonância com os processos musicoterapêuticos lançou-se mão de uma descrição compreensiva tendo em vista a perspectiva da filosofia merleau-pontyana em diálogo com o fazer musical, específico da prática musicoterapêutica. Procurou-se dessa forma contribuir com a dimensão significadora de sentidos em Musicoterapia.

2 O AMBIENTE DE SALA DE ESPERA

As experiências musicoterapêuticas foram desenvolvidas na Unidade Básica de Saúde “Vila Diana”, no bairro de Abranches de Curitiba. A estrutura física da unidade é de certa forma limitada em relação à população por ela atendida. A sala de espera para as consultas, onde há o acesso principal da unidade, fica às vezes congestionada pela movimentação das pessoas em pouco espaço, tornando o ambiente tenso e desconfortável. Esta unidade, além do atendimento odontológico, atende também a parte de clínica geral, ginecologia e pediatria, também comporta uma farmácia para a distribuição de medicamentos aos usuários e desenvolve outros serviços de pequena complexidade como aferimento de pressão arterial.
A Unidade faz o acompanhamento do pré-natal através da médica ginecologista e enfermeiras, que além de fazerem o exame preventivo, também proferem palestras na unidade e em outros espaços. Desenvolve o trabalho com os hipertensos e diabéticos através de palestras e atividades lúdico-recreativas.
O ambiente de sala de espera nas instituições públicas de saúde, mais especificamente falando nas UBS (Unidade Básica de Saúde), assume aspectos os mais heterogêneos no que diz respeito às pessoas que o frequentam. São adultos, crianças, gestantes, jovens e idosos que ali se deparam em busca de atendimento da unidade. Foi com essa população que se desenvolveu essa pesquisa, no período de um mês para a construção dos dados, variando o número de participações a cada encontro (de três a vinte pessoas). Além dos usuários, envolveram-se nas experiências musicoterapêuticas também os trabalhadores da Unidade. Com relação à participação, observou-se que as crianças foram as que mais interagiram nas atividades, tocando os instrumentos disponíveis e também cantando as canções infantis e populares. Houve algumas participações de trabalhadores da Unidade em alguns horários vagos em que interagiram tocando instrumentos e cantando canções de sua preferência
As atividades foram desenvolvidas na sala de espera de odontologia e na sala de espera para consultas médicas da Unidade. A sala de espera de odontologia, em virtude do posicionamento das cadeiras, no entorno da mesma e com menos fluxo de pessoas propiciou um trabalho com características grupais. Já no ambiente de consultas médicas, o posicionamento das acomodações dificultou o trabalho, pelo fato de haver fileiras de cadeiras, uma após outra, separadas pela passagem em dois blocos, não permitindo na maioria das vezes, um atendimento grupal. Neste espaço, além das consultas, as pessoas buscam medicamentos na farmácia ao lado, utilizam o balcão para falarem com as atendentes, vêm aferir a pressão, fazer curativos e outros procedimentos.
Por meio da observação durante as sessões musicoterapêuticas construiram-se os relatórios das mesmas, que serviram de base para esta pesquisa. Também era feita uma pergunta no final das sessões aos participantes presentes, como se sentiram durante as atividades musicoterapêuticas e as respostas eram registradas em uma ficha para este fim.
Além das dificuldades citadas existiram outras como: há um televisor na sala de consultas que fica ligado ininterruptamente e ao iniciar-se o atendimento era preciso pedir para desligá-lo; caso o volume do som ou das vozes excediam um pouco, os médicos, ou trabalhadores pediam para baixar; neste espaço a acomodação dos instrumentos sobre as cadeiras também dificultou o trabalho.
Utilizou-se para o desenvolvimento da pesquisa abordagem em formato de entrevista com fundamentos fenomenológicos de descrição, com perguntas abertas no final da sessão, por exemplo: “como você se sentiu com as atividades musicais em sala de espera?” E também se embasou no relato dos encontros realizados no decurso do tempo estabelecido conforme o projeto aprovado pela Comissão de Ética da Entidade (protocolo nº. 2913). Este formato de ação privilegia a autoestima das pessoas, incentivando-as a compartilhar suas opiniões e contribuir com o meio sociocultural em que se encontram inseridas. Essa experiência foi construída a partir de uma vivência musicoterapêutica tendo em vista desenvolvimento de atividades musicais em 40 encontros, com duração de uma hora, às vezes extrapolando em virtude do envolvimento do grupo nas atividades. A descrição teve como base musicoterapêutica experiências re-criativas, improvisações, composição e audição.
Os instrumentos musicais utilizados nas atividades musicoterápicas foram: violão, violino, atabaque, pandeiro, cavaco, caxixi, ovinho, metalofone, reco-reco e tamborim. Durante as experiências musicais os participantes tocavam os instrumentos, fazendo improvisações, re-criações  e composições, às vezes se limitavam na audição das músicas apresentadas.

3 MUSICOTERAPIA

A musicoterapia tem como ferramenta de trabalho a música em sua pluralidade de recursos. Estudiosos através dos tempos sempre encontraram dificuldade em definir música. Segundo Bruscia (2000, p. 9), na sua forma mais simples, música é a arte de organizar sons no tempo. Se recorrermos às profissões para definir música teremos em cada uma delas uma forma diferente de entender o fenômeno musical: o antropólogo, buscando sua origem na cultura; o sociólogo, suas funções na sociedade; o filósofo, confrontando-a com linguagem e tantos outros com diferentes concepções.
Embora todas estas formas de visualizar a música não deixem de ser importantes nos diversos aspectos da vida, é interessante observar que a Musicoterapia, embora dialogando com essas e outras áreas possui especificidades próprias de suas práticas. Aqui se entende a fusão entre música e terapia, tendo como resultado a Musicoterapia. Por vezes, nessas circunstâncias, a música até pode parecer menos completa e organizada se tomada só a luz de normas convencionais. Às vezes os padrões estéticos se tornam irrelevantes.
Musicoterapia se constitui do encontro entre saberes ligados à Arte e a Ciência, envolvendo um processo interpessoal. Segundo Bruscia (2000, p. 12) como arte ela diz respeito à subjetividade, individualidade, criatividade e beleza. Como ciência, ela se relaciona com objetividade, universalidade, reprodução e verdade. Como processo interpessoal ela se relaciona com empatia, intimidade, comunicação, influência recíproca de papéis na relação. Da mesma maneira que para a música existem inúmeras definições para a Musicoterapia também. De acordo com a Fundação Mundial de Musicoterapia apud Bruscia (2000, p. 286):Musicoterapia é a utilização da música e/ou dos elementos musicais (som, ritmo, melodia e harmonia) pelo musicoterapeuta e pelo cliente ou grupo, em um processo estruturado para facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem, a mobilização, a expressão e a organização (física, emocional, mental, social e cognitiva) para desenvolver potenciais e desenvolver ou recuperar funções do indivíduo de forma que ele possa alcançar melhor integração intra e inter pessoal e consequentemente uma melhor qualidade de vida (RUUD, 1998, p. 53).
A Musicoterapia desde que foi fundada no Brasil há 40 anos se constitui de um caráter investigativo, desafiador, paulatinamente construindo sua história numa ininterrupta busca de consolidação e reconhecimento da profissão. No momento atual ela já se enquadra no Código Brasileiro de Ocupações (CBO) nº 2239-15.
O trabalho da musicoterapia envolve toda produção sonora como o canto, músicas gravadas, músicas provindas do participante, exploração de uma variedade de fontes sonoras tais como o corpo, ambiente, objetos, natureza, o uso de instrumentos musicais, jogos, experiências musicais, movimentos corporais e as diversas formas de expressão aplicadas às técnicas e recursos da musicoterapia. Têm por objetivo propiciar ajuda às pessoas, no sentido de contribuir para uma melhor qualidade de vida, restabelecer ou promover a saúde.
A musicoterapia se distingue de outras modalidades de terapia, apoiando-se nas experiências musicais na forma de agente de intervenção. Segundo Bruscia (2000) na música há quatro tipos distintos de experiências. São elas: improvisar (fazer musical tocando ou cantando), re-criar (aprender ou executar músicas instrumentais ou vocais), compor (criar qualquer tipo de produto musical) e escutar (audição de músicas). Segundo o autor estes são os principais métodos utilizados no processo musicoterapêutico. Deve-se entender que método é diferente de procedimento, que vem a ser, segundo Bruscia (2000, p. 122) tudo o que o terapeuta tem que fazer, no sentido de engajar a pessoa nessa experiência. E não se confunde também com técnica, que se constitui como uma etapa de qualquer procedimento.

4 MUSICOTERAPIA EM SALA DE ESPERA

Não obstante exista uma Política de Humanização do Sistema Único de Saúde, implementada pelo Ministério da Saúde, buscando uma solução para um melhor acolhimento aos usuários do SUS, em sala de espera, pouco se tem abordado a respeito até o momento em relação à experiência e pesquisa, na área da Musicoterapia. Com relação à Política Nacional de Humanização (PNH) cabe aludir que esta aponta para um novo modelo de atenção ao cuidado da saúde, buscando mudanças nas práticas de saúde, partindo do pressuposto que o acolhimento do usuário em sala de espera torna-se fundamental em relação a suas demandas. O Acolhimento é uma proposta possível, desejável e necessária para a construção de um modelo de atenção coerente com os princípios e diretrizes do SUS conjugando elementos conceituais, metodológicos e operacionais (SOLLA, 2005; GOMES & PINHEIRO, 2005). Embora não seja tema específico dessa discussão é interessante indagar sobre a eficácia dessas políticas.
A experiência de se utilizar a Musicoterapia como uma das estratégias de acolher o usuário da Saúde Pública na sala de espera aponta à relevância de se inventar e buscar soluções por meio de novas e ousadas iniciativas. A Musicoterapia, através da improvisação, audição, composição e re-criação facilita a expressão da subjetividade dinamicamente transformada no contato com o outro (CHAGAS; PEDRO, 2007). A Musicoterapia é um campo de conhecimento que, segundo Guazina e Tittoni (2009), tem como característica principal o uso da música para a saúde das pessoas com base nas experiências musicais.
Ainda com relação às fontes bibliográficas a respeito do trabalho musicoterapêutico em sala de espera na Faculdade de Artes do Paraná foi encontrado um artigo publicado na Revista de Musicoterapia da UBAM: “A Musicoterapia e o Uso das Canções Religiosas no Tratamento de Pacientes com Insuficiência Renal Crônica sob Hemodiálise” (VIDIZ et all, 1996). Em busca feita na internet foram encontrados quatro artigos publicados on line, os quais também contribuiram como suportes para referendar esta pesquisa. Foram eles: Musicoterapia em oncologia: Uma experiência de humanização no hospital do câncer HC II – Inca (PETERSEN; SILVA, 2006); Musicoterapia em sala de espera (PASSARINI at al); A Musicoterapia na Sala de Espera em uma Unidade Básica de Saúde (PIMENTEL, 2009); Musicoterapia com mães de recém-nascidos em UTI neonatal (KARST; CRAVEIRO DE SÁ, 2006).
As reflexões que seguem pontuarão de forma mais específica a relevância dos trabalhos acima citados. Vidiz (2010) e equipe tratam a respeito de uma pesquisa realizada com pacientes com insuficiência renal crônica sob hemodiálise. A metodologia utilizada na pesquisa, segundo os autores, foi a de caráter qualitativo. Realizou-se na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, na unidade de hemodiálise, no período de cinco semanas, num total de dez sessões musicoterapêuticas, às quartas e sextas feiras, no período das oito e trinta às dez horas. Conforme o relato, contribuíram com a pesquisa a enfermeira e a médica responsáveis pelo setor, com a supervisão da professora orientadora, apoio da psicóloga da Instituição. A escolha do sujeito da pesquisa, com idade acima de dezoito anos, ocorreu com o auxílio da responsável técnica pelo serviço de hemodiálise. Conforme o relato, a partir das demandas, escolheu-se o repertório, com o preenchimento da ficha musicoterápica. Para trabalhar as atividades musicoterapêuticas, lançou-se mão da re-criação musical, composição, improvisação e audição, individualmente e combinadas entre si. De posse dos dados, segundo as autoras, empregou-se a triangulação dos mesmos. Após esta, constatou-se que através de canções religiosas, os pacientes comunicavam o acolhimento pelo sagrado, o conforto, a aceitação ou não aceitação da doença, o desejo de recuperação e fé no futuro.
Em Karst e Craveiro de Sá (2006) é possível se identificar um trabalho multidisciplinar, seguindo uma orientação de abordagem analítica. A pesquisa de campo, conforme as mesmas, foi realizada num hospital pediátrico privado, em convênio com o SUS, tendo os atendimentos sido realizados em grupo aberto para as mães dos recém-nascidos internados na UTI e parentes, na sala de espera. Afirmam as autoras que as mães participantes da musicoterapia, após as sessões, não entravam “atordoadas” para a visita. Conforme elas as experiências utilizadas contemplavam a re-criação e audição musical; a coleta de dados verificou-se a partir de gravações em áudio, depoimentos, entrevistas, relatório das sessões e preenchimento de questionário. Conforme o relato das autoras, embora as mães se mantivessem silenciosas durante as atividades musicoterapêuticas, manifestaram-se reconfortadas, menos ansiosas, mais aliviadas e tranquilas, que passaram a ter maior envolvimento com o filho e tornando-se capazes de acolher melhor as angústias e necessidades do bebê. Relatam também que a religiosidade trazida consigo pelas mães definiam a escolha de canções religiosas para as atividades musicoterapêuticas.
Também alicerçada na Política de Humanização de Assistência Hospitalar, uma equipe do Centro de Musicoterapia Benenzon do Brasil, coordenada pelos musicoterapeutas Passarini e Junior (2007), realizou uma pesquisa no Hospital Vila Mariana, em sala de espera. Em termos de metodologia o trabalho se desenvolveu em cinco etapas: reconhecimento do ambiente, avaliação de dados e definição da abordagem de pesquisa em reunião com a equipe de profissionais da entidade, práticas musicoterapêuticas, aplicação de questionário em grupo de controle, avaliação e apresentação de resultados. O local da pesquisa foi a sala de espera da ortopedia do centro médico, envolvia pacientes da ortopedia de ambos os sexos, acima de dezoito anos, constituindo a equipe de dois musicoterapeutas e cinco estagiários. A aplicação da prática musicoterapêutica, seguida de questionário, deu-se num espaço de tempo de quinze minutos, envolvendo instrumentos e canções, em que os pacientes interagiam tocando, cantando e dançando. Aplicou-se também o questionário ao grupo de controle.
De acordo com os autores foram possíveis os seguintes resultados: os pacientes que passaram pela musicoterapia tiveram melhora em seu estado de ânimo, menos irritabilidade, menor ansiedade, aumento do relaxamento corporal, pré-disposição às consultas e se sentiam mais alegres. Embora esta pesquisa não se configure em forma de artigo, está somente em formato de apresentação, ela se estruturou nos moldes da pesquisa científica, que por sua seriedade em seu trâmite e resultados obtidos se constitui em relevância e credibilidade.
Pimentel (2009), trata do acolhimento em sala de espera, em uma Unidade Básica de Saúde, de Vila Operária, em Nova Iguaçu. Nessa experiência, como metodologia, foram definidos quatro grupos de investigação em dois dias da semana. A entrevista adotada na pesquisa foi com base em Minayo (1993) que, através da fala fosse possível, contatar o pensamento de usuários adultos sobre suas experiências durante a sala de espera, sem e com a musicoterapia. A Observação Participante e o Diário de Campo da pesquisadora estiveram presentes em todas as fases da pesquisa. Segundo o relato, houve inicialmente o reconhecimento de campo, contando com dois ajudantes de pesquisa capacitados à tarefa. Conforme o relato, foram utilizados termos de consentimento da parte dos envolvidos na pesquisa, tendo sido organizados relatórios, em relação às quatro sessões realizadas, com a participação de sessenta pessoas adultas, incluindo usuários e nove profissionais. De acordo com a autora, as entrevistas ocorreram com o grupo em sala de espera, participante da musicoterapia e o de controle, após o período de consultas, em combinado com os voluntários para a mesma, a fim de não ser interrompida. As atividades musicoterápicas tinham a duração de quarenta minutos, incluindo o aquecimento e fase exploratória, em que se focalizou o princípio de ISO cultural e guestáltico, na escolha das canções, utilizando o violão e instrumentos de percussão e um gravador; e era trabalhada no final, a composição, em que os pacientes compunham canções utilizando seus nomes.
Passou-se, segundo a autora a análise de dados, expressos pelos pacientes do grupo de controle em relação à espera: significando um momento chato, ruim, horrível, sofrimento, impaciência, paciência, aceitação, postura passiva, revolta, perda de tempo, atraso dos médicos. Segundo a pesquisadora, para o grupo participante das atividades musicoterápicas, aquele momento significou, em suas expressões: agradável, relaxante, alegre, descontraído, de união, convívio, de mudança ambiental. Pelo que observamos esta pesquisa traz algo em comum à anterior no que diz respeito à linha teórica através da qual se desenvolveu, seguindo o modelo Benenzon de Musicoterapia.
Petersen (2006), musicoterapeuta, relata sobre o estágio de graduação em Musicoterapia, realizado no Hospital do Câncer II, Instituto Nacional de Câncer (INCA), em parceria com o Conservatório Brasileiro de Música, e que segundo a autora, a Musicoterapia é compreendida, no HC II, como PNH. Segundo a autora, a Musicoterapia integra as atividades do hospital, desde 2003. De acordo com a mesma os atendimentos são constituídos por abordagens breves, pontuais, nas enfermarias, CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e nos espaços ambulatoriais, empregando a re-criação musical, como uma das técnicas mais utilizadas. E envolvia a escolha de canções por parte dos pacientes, com o acompanhamento de violão e algumas percussões. Segundo a autora as atividades musicais tem contribuído para a liberação de tensões, o incremento do relacionamento no contexto hospitalar, a melhora de humor, a auto estima, diminuição da dor e o estresse.
Em todas as experiências apresentadas, no contexto de sala de espera observaram-se relatos de resultados importantes verificados através das atividades musicoterapêuticas, com pessoas de ambos os sexos e diferentes faixas etárias, a comprovar que mesmo num processo musicoterapêutico breve tornam-se possíveis as mudanças, especialmente no que tange ao acolhimento, relaxamento, interações, no expressar-se musicalmente o compartilhar do momento vivido.

5 A COMPREENSÃO DO VIVIDO EM MERLEAU-PONTY E A EXPERIÊNCIA MUSICAL

A abordagem fenomenológica em Merleau-Ponty possibilita a compreensão do homem em seu mundo vivido. Sobre este aspecto o autor afirma: “O mundo fenomenológico não é a explicitação de um ser prévio; mas a fundação do ser; a filosofia não é o reflexo de uma verdade prévia, mas sim como a arte, a realização de uma verdade” (MERLEAU-PONTY, 2006, p. 19). Por esse viés, a experiência vivida deve ser considerada principalmente no decorrer de suas realizações em seus sentidos diversos e em uma perspectiva de atmosfera da própria vivência corpórea.
 “Nossa instalação em um certo ambiente colorido, com a transposição de todas as relações de cores que ela acarreta, é uma operação corporal. Só posso realizá-la entrando na nova atmosfera, porque meu corpo é meu poder geral de habitar todos os ambientes do mundo, a chave de todas as transposições e de todas as equivalências que o mantem constante (MERLEAU-PONTY, 2006 p. 417).
Compreender o vivido em sua amplitude no mundo contemporâneo, eis o grande desafio. Para Machado (2011), na visão desse filósofo,o processo de compreensão do vivido implica necessariamente uma forma específica de descrição, aquela do fenômeno em sua existência. Nesse sentido ressalta que a descrição do fenômeno existencial é que nos levará à compreensão do vivido. Segundo a autora, é o resgate do sentido do irrefletido que na experiência da corporeidade se torna extremamente significativo na visão merleau-pontyna. Para Merleau-Ponty (2006, p. 3) “todo o universo da ciência é construído sobre o mundo vivido […]”, entendendo que todo o saber a respeito do mundo, mesmo sendo através da ciência, tem como parâmetro a experiência de mundo, sem a qual os símbolos da ciência não teriam significados.
De acordo com Merleau-Ponty (2006, p. 612) “o homem é um laço de relações, apenas as relações contam para o homem”. Através das relações, as pessoas compactuam seus anseios, compartilham das experiências do vivido, os vínculos se estabelecem, elaboram-se sentidos. Para Machado (2011, p. 49) “reconhecemos as coisas em suas interações de sentidos”. Para ela, a visão merleau-pontyana ensina que os movimentos de exploração dos sentidos, nas experiências perceptivas não são redutíveis à explicação.
É preciso reconhecer como irredutível o movimento pelo qual me empresto ao espetáculo, me junto a ele em um tipo de reconhecimento cego que precede a definição e a elaboração intelectual do sentido (MERLEAU-PONTY, 2006, p. 252)
A extensão desses argumentos são de grande relevância para a abordagem sobre o universo da música.
Segundo Heller (2008) a contribuição de Merleau-Ponty para a compreensão do fenômeno musical é inestimável, contribuição que se faz presente especialmente através dos temas tais como corpo, motricidade, expressão, temporalidade e liberdade. Esta visão vem contrapor a metodologia tradicional sobre o fazer musical através da aquisição de uma boa técnica, entendida como controle eficiente do corpo na dependência da vontade. Sabemos que grande parte de nossos movimentos do dia a dia se processam independentes de nossa vontade. Conforme o esquema teleológico clássico, o instrumentista em sua prática musical lê a partitura, busca entender os sentidos na obra, organiza seus movimentos, aprimorando sua execução a partir de repetições. O tocar consoante à perspectiva merleau-pontyana se processa num todo difuso, refutando a idéia de separação entre corpo, instrumento e som. Afirma o autor: “A própria musicologia tem inadvertidamente, contribuído para uma concepção na qual música e pensamento parecem estar dissociados” (HELLER, 2008, p. 186).
Conforme Heller (2008, p. 189), para Merleau-Ponty, “o corpo não se expressa no espaço: o corpo é eminentemente espaço expressivo”. É portanto significativo ressaltar a importância de tais considerações para a percepção do fazer musical. Segundo Merleau-Ponty (2006, p. 201-202) ao tocar, o organista instala-se no órgão como nos instalamos em uma casa […] estabelece-se uma relação tão direta que o corpo do organista e o instrumento são apenas lugar de passagem dessa relação.
No caso do músico imerso na ação, converte-se na própria ação, em que uma simples distração ou excesso de concentração ameaçaria a interrupção do fluxo no fazer musical. Pois o tocar passa a ser o pensamento do corpo, não comportando outro pensamento através da distração. É importante entender que o pensamento não se trata de um objeto solto dentro de um recipiente, mas que o corpo é pensante, assim como a pessoa não está em um corpo: ela é um corpo.
De acordo com Merleau-Ponty apud Heller (2008, p. 193) quando nos expressamos musicalmente, não expressamos “algo” “através” de um gesto. No gesto expressivo encontramos uma totalidade indivisível entre música e corpo. Ocorre então som e gesto envolvidos num todo, que constitui o fenômeno expressivo, refutando uma adição de partes, numa relação de causa e efeito. E nesse aspecto o autor aponta a falha nas “metodologias” de ensino musical: na insistência de uma atitude mecanicista e causal onde determinado efeito é obtido por meio de determinado recurso.
Através da expressão rítmica exclui-se a idéia de corpo objeto comandado por um corpo sujeito, mas um corpo expressivo na visão merleau-pontyana. Para Merleau-Ponty apud Heller (2008, p. 196) esse corpo não é movido mas um movente: nele nos deparamos com uma motricidade espontânea que me impede do meu poder de decisão e de deliberação. É o que observamos ao tocarmos uma determinada música, o acontecer natural de nosso corpo produzir movimentos em consonância com a rítmica da mesma.

6 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA

No sentido de que a Sala de Espera constitui-se um espaço dinâmico, onde ocorre a confluência do cotidiano de vários atores, o trabalho musicoterapêutico foi direcionado não apenas aos usuários, mas também a outras pessoas presentes no espaço da unidade, como os trabalhadores da saúde, no sentido de abrangência e extensão do vivido. O que de certa forma fez com que a experiência alcançasse também esses trabalhadores.
A paisagem sonora da sala de espera de uma unidade básica de saúde se constitui de: conversas dos usuários e atendentes, o chamamento aos atendimentos, o som da TV, o abrir e fechar de portas, choro de crianças, tornando o ambiente incômodo, com expressões faciais de dor e preocupação. Mas com a música, a presença do musicoterapeuta e do som dos instrumentos musicais a paisagem sonora (termo cunhado por Schafer) se transforma, tornando o ambiente acolhedor, de descontração, relaxante, com expressões de alegria, animado pela interação das pessoas, em suas experiências de mundo.
As pessoas que participaram das experiências musicoterapêuticas cantaram suas canções preferidas, tocaram os instrumentos, algumas dançaram, interagiram entre si, tornando-se a expressão da própria música. O instrumento que também nunca pegaram nas mãos elas ali o exploraram, dialogaram com o mesmo, ampliando seus sentidos, não raramente numa expressão única do vivido, não se tratando apenas de um corpo que expressava a música, mas que se tornava a própria expressão musical, na visão merleau-pontyana.
No decurso desta pesquisa pontuaram-se momentos de relevância para a Musicoterapia como o caso de uma criança de apenas três anos que nunca havia freqüentado a escola. Ela tocou o cavaquinho um diálogo com o seu próprio mundo vivido de criança, tornando evidente tal experiência com uma canção intitulada “O Sapo”. A canção dizia: “O sapo toma banho/ ele come plantinhas/ ele come bichinhos. O instrumento e o seu corpo se expressavam em grande consonância. Sob esse aspecto é importante ressaltar que o processo terapêutico se evidencia quando o terapeuta, através de seu modus operandi, contribui com o sujeito em seus processos elaborativos, o que aparenta evidenciar-se neste contexto do fazer musical. Dessa forma, possível se faz relacionar o sentido da proposição de Merleau-Ponty de que o instrumentista se instala no instrumento como nos instalamos em uma casa, havendo uma totalidade indivisível entre música e corpo.
Em um outro momento, uma senhora de setenta e cinco anos participou das experiências musicoterapêuticas, cantando, tocando pandeiro, como que em uma fusão corpórea‟ com o instrumento, dançando e interagindo com as pessoas presentes: “[…] o tocar não é a separação entre eu, corpo, instrumento, movimento e som, mas um todo difuso onde os limites entre um e outro se fundem e se com-fundem.” (HELLER, 2008, p. 187). No final disse ter sido maravilhosa a experiência do momento vivido musicalmente naquele espaço. Em musicoterapia, segundo Gaston (1994, p. 37) “as atividades rítmicas facilitam o trabalho e operam como vínculo de união.” Na visão merleau-pontyana, através da expressão rítmica exclui-se a idéia de corpo objeto comandado por um corpo sujeito, mas um corpo expressivo, vindo a contribuir, no sentido de ampliar a concepção rítmica em Musicoterapia.
As crianças quando entravam no ambiente da sala de espera e encontravam ali diversos instrumentos que podiam usá-los, ficavam no princípio um pouco inibidas, mas logo acabavam dirigindo-se aos mesmos, explorando-os num diálogo sonoro que às vezes se prolongava por um certo espaço tempo. Ocorreu diversas vezes, que as crianças, após terem interagido com os instrumentos através de improvisações, dialogando com os mesmos, como sendo a extensão do próprio corpo, dentro da visão musicoterapêutica e no momento de irem embora, quererem levá-lo para casa “numa solicitação recíproca de sentidos” conforme Machado (2011, p. 49) numa abordagem merleau-pontyana.
Alguns pediam para cantar rock and roll; outros, sertanejo, samba, pagode, música gospel, MPB, música gaúcha, pop e era muito comum cantarmos canções infantis com a participação dos adultos em um retomar a própria história. Músicas que revelam a história musical das pessoas, a cultura onde estão inseridas, suas crenças, laços afetivos. Ocorreram interações entre pessoas que não se conheciam. Segundo Merleau-Ponty (2006, p. 6) “o mundo não é um objeto do qual possuo comigo a lei de constituição; ele é o meio natural e o campo de todos os meus pensamentos e de todas as minhas percepções explícitas.” Esta alusão vem contribuir no sentido de que o vínculo necessário ao homem, ele se processa de forma natural nos contextos de relação.
Ocorreu um fato relevante em que uma pessoa evangélica tocou com o violão vários hinos, declamou uma poesia própria falando de sua fé e, em um outro dia trouxe seu bandolim, tocando várias canções com o mesmo, acompanhado ao violão pelo musicoterapeuta-estagiário, tendo ainda retornado outras vezes e participado das práticas como sujeito ativo. Retornar a uma atividade musicoterapêutica tem implicâncias em Musicoterapia no sentido da percepção de demandas do sujeito. Perceber de acordo com Merleau-Ponty (2006, p. 47) “é ver jorrar de uma constelação de dados um sentido imanente sem o qual nenhum apelo às recordações seria possível.”
Algumas das trabalhadoras da Unidade de Saúde participaram das atividades em espaços de folga, tocando instrumentos, solicitando canções e cantando as mesmas. Ocorreu diversas vezes, que ao passarem pela sala, em seus afazeres, cantarem juntas as músicas que estavam sendo executadas. Uma delas em um dia apanhou o metalofone e tocou uma cantiga infantil com o acompanhamento de violão do musicoterapeuta-estagiário. Como nos aponta a musicoterapeuta Steinberg (2006) surgem frestas de subjetividade por onde passam manifestações espontâneas em meio a tantas repressões internalizadas. E esse não parece ser um movimento que se ofereça à explicação, ao contrário sugere mais uma dimensão descritiva.
A cada momento, meu campo perceptivo é preenchido de reflexos, de estalidos, de impressões táteis fugazes que não posso ligar de maneira precisa ao contexto percebido e que, todavia, eu situo imediatamente no mundo, sem confundi-los nunca com minhas divagações(MERLEAU- PONTY, 2006, p. 6).
Trata-se nesse sentido da importância da recorrência ao mundo vivido, em suas constantes expressões.
Aconteceram sessões em que as pessoas presentes acompanharam com os instrumentos as canções que eles mesmos propunham para serem cantadas, como participantes estreantes de um grupo musical constituído para uma única apresentação, marcando talvez um momento importante de suas vidas. A experiência nesse sentido privilegiou um dos aspectos fundamentais da musicoterapia, ou seja, não exclui nada do fazer musical, considerando todos os detalhes importantes no mesmo. A escuta musicoterapêutica é multifocal e transversa nos contextos de complexidades. Conforme destaca Merleau-Ponty (2006, p. 18) “porque estamos no mundo, estamos condenados ao sentido, e não podemos fazer nada, nem dizer nada que não adquira um nome na história.” Buscar o sentido da experiência vivida eis o que essa dimensão filosófica mostra.
Em um dos intervalos das sessões, em que os instrumentos continuavam posicionados na sala de espera e o musicoterapeuta-estagiário se retirara do local para tratar de assuntos referentes ao estágio com a supervisora local, que por sinal era a chefe da Unidade, algumas trabalhadoras, em um espaço de folga dos atendimentos, apanharam os instrumentos e começaram a tocá-los, numa improvisação livre, cuja textura sonora ressoou pela Unidade numa quebra de protocolos institucionais. A musicoterapia contribuiu para a expressão de sujeitos livres e ativos. Segundo Wisnik (2001) a música ensaia e antecipa aquelas transformações que estão se dando, que vão se dar, ou que deveriam se dar na sociedade. E Merleau-Ponty (2006, p. 612) contribui nesse sentido ao apontar que não precisamos temer que nossas escolhas ou nossas ações restrinjam nossa liberdade, já que apenas a escolha e a ação nos libertam de nossas âncoras.
Os participantes das sessões musicoterápicas quando indagados sobre como se sentiram durante as experiências musicais durante a espera revelavam suas percepções através das expressões: “a música descontrai”, “é muito bom ter música enquanto espera”, “cantar faz bem pra alma”, “a música alegra”, “adorei o momento musical”, “a música ajuda a esquecer a dor”, “é uma idéia muito boa ter música enquanto espera”, “acho ótimo, “é maravilhoso”, “gostei, é diferente”, “a música distrai a gente”, “é bom ter música enquanto espera”, “acalma”, “sinto paz, toca na alma”, “relaxa”, “é interessante”, “anima”, “a música desperta na pessoa uma resposta desde que ela abra o coração”. Percebem-se nestas manifestações a expressão de momentos vividos pelas pessoas através de experiências musicoterapêuticas.
Algumas respostas às vezes se repetiam no período em que foi realizada a pesquisa. Em todas estas expressões se denota a expressão do vivido em suas diversas dimensões, que é também uma constante no pensamento de Merleau-Ponty. Conforme ressalta Machado (2011, p. 50), “não estamos ao lado do vivido, estamos em vivência com as coisas e com o mundo.” A escuta musicoterápica exige também essa capacidade compreensiva a respeito da interação do homem no mundo.
Uma trabalhadora da Unidade solicitou durante uma sessão a canção “Pássaro de Fogo”, mas como o musicoterapeuta-estagiário não a tinha no repertório, trouxe-a ao atendimento na semana seguinte e numa folga de trabalho da mesma, convidou-a a cantar a canção. Ela a cantou, com expressão intensa do vivido, acompanhada pelo musicoterapeuta-estagiário com o violão e no final algumas trabalhadoras presentes a aplaudiram com palmas e manifestações verbais. Segundo a musicoterapeuta Cunha (2008) “a pessoa humana se constrói e se desenvolve no seio de seu relacionamento social”. E a musicoterapia veio a contribuir nas relações de trabalho destas pessoas propiciando-lhes autonomia e liberdade de expressão no contexto laboral. Para Merleau-Ponty (2006, p. 612) “o homem é um laço de relações, apenas as relações constam para o homem.” Também para o musicoterapeuta, a dimensão do significado das relações, é de grande importância nos processos musicoterapêuticos na medida em que é sempre em relação que as práticas musicoterápicas se concretizam.
Outro momento relevante ocorreu em que o musicoterapeuta-estagiário no canto da “Ciranda” propôs à criança que estava de mãos dadas com a mãe, dançando, que entrasse na roda e dissesse um verso, ela recitou a quadra tradicional “batatinha quando nasce…” Na sequência da canção a criança sugeriu que a mãe recitasse também. A mãe recitou a quadra conhecida: “Sou pequenina como um botão/ carrego papai no bolso/ e mamãe no coração…” Houve risos dos presentes ante esta interação mãe e filha, mediante a expressão do vivido propiciado pelas experiências musicoterapêuticas. Conforme Merleau-Ponty (2006, p. 25), “traz nesse sentido é que o „algo‟ perceptivo está sempre no meio de outra coisa, ele sempre faz parte de um „‟campo‟‟.
Em uma outra sessão musicoterapêutica, um senhor solicitou uma canção de Roberto Carlos e no meio da mesma começou a derramar algumas lágrimas e disse no final que sentiu saudades de quando vivia com sua esposa, mas que então, estavam separados. Percebeu-se nessa experiência musicoterapêutica a realização criativa do sentido de subjetividade. Numa visão merleau-pontyana, o modo como o sujeito interage e significa suas experiências no mundo vivido. “É preciso reencontrar, para aquém da idéia do sujeito e da idéia do objeto, o fato de minha subjetividade e o objeto no estado nascente, a camada primordial em que nascem tanto as idéias como as coisas.” (MERLEAU-PONTY, 2006, p. 296)
Nesse sentido a música na abordagem dos processos musicoterapêuticos em questão, em sua forma verbal e não verbal de expressão, propiciou o aflorar de sentimentos profundos relacionados com o vivido dentro de um contexto existencial.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A musicoterapia em seu caráter transdisciplinar e sua forma híbrida resultante da junção da música com a terapia reúnem todas as condições para contribuir com a Política de Humanização do SUS junto a sua equipe multidisciplinar. As ações interdisciplinares entendem a saúde em sua forma ampla a resultar do diálogo de intersubjetividades, a partir de cada um dos atores envolvidos nos contextos da saúde pública, desde o momento da recepção até os encaminhamentos de diferentes níveis de complexidade. Neste trabalho, (experiência do estágio) que teve como objetivo principal o acolhimento em relação ao usuário de seus serviços em sala de espera, bem como aos trabalhadores, pode-se perceber sua contribuição para com as pessoas envolvidas no âmbito da saúde pública, em espera ao atendimento. Por outro lado, pela estreita relação transdisciplinar que a Musicoterapia tem com a filosofia, buscou-se a contribuição da fenomenologia em Merleau-Ponty, no sentido de ampliar a percepção da escuta, no que diz respeito ao fazer musical e suas implicações com os sujeitos envolvidos no mesmo.
O resgate do irrefletido através das experiências musicoterapêuticas propiciou a atmosfera do vivido em seus múltiplos contornos de sentidos. Haja vista a transformação da insípida ambiência de espera num setting musicoterapêutico à produção de saúde ao usuário e trabalhador do SUS, possibilitando uma perspectiva de experiência de vida como sujeitos livres, ativos e normativos. Uma enfastiada espera e um trabalho estressado que se transformam em atmosférico acolhimento, próprio da Musicoterapia.
A experiência musicoterapêutica em sala de espera viabilizou a quebra de paradigmas, confrontando o sentido clássico de entender a saúde pela ótica biomédica, que dá ênfase na doença ao invés da saúde. Ela parte do princípio de que as pessoas que buscam ajuda para sua saúde são sujeitos com capacidade de se tornarem normativos de acordo com suas possibilidades de exercerem seu protagonismo em benefício próprio e em favor das pessoas com quem compartilham os espaços e momento vivido.
As atividades musicoterapêuticas através da expressão analógica e metafórica oferecem confiabilidade e segurança aos que dela usufruem e que não pretendem exporem suas necessidades de forma direta, como é o caso da linguagem verbalizada em psicoterapia. Quando as pessoas interagem musicalmente por meio da improvisação instrumental, da re-criação musical ou mesmo através da composição e outras formas no âmbito da atmosfera sonora, elas passam a manifestar o que sentem em relação às experiências vivenciais de forma natural e intensa através da expressão musical genuinamente simbólica.

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