quarta-feira, 21 de julho de 2010

MÃE NATUREZA (Luiz Gonzaga Caetano Monezi)



















OH, MINHA MÃE NATUREZA
TÃO CHEIA DE GRAÇA
COM TANTA BELEZA
EM TI EU ME AGARRO, ME AMARRO
SEM OS TEUS CARINHOS
TUDO É INCERTEZA
O QUE SERÁ SE O AZUL
DE TEU CÉU DESBOTAR
O VERDE APAGAR
SEM ÁGUA, SEM AR, SEM COMIDA
O PRINCÍPIO DA VIDA VAI SE ACABAR

AVE,(LOVE YOU) EVA!
TE AMO DOCE DEVA
SALVE,(LOVE YOU) O DIVA
A VIDA QUE TE LOUVA

O PLASMA QUE CORRE EM TUAS VEIAS
OS RIOS TUAS ARTÉRIAS
ESTÃO POLUÍDOS
PRECISAMOS COM TODA A EMERGÊNCIA
ACABAR COM A VIOLÊNCIA À EXISTÊNCIA
É A SAÍDA


ARROZ INTEGRAL




INGREDIENTES:
1 xícara de arroz integral
2 (ou 2 e meia) xícaras de água
Sal marinho
3 colheres de cebola picada
1 dente de alho
2 colheres de óleo



PREPARO:
Colocar em panela (de preferência) inox,o óleo, a cebola,o alho,o arroz e a água.
(Não colocar ainda o sal)
Ao levantar fervura, deixar ferver tampado por 2 minutos.
Desligar o fogo, deixando tampado.
Descansar até a água emparelhar-se com o arroz (30 a 40 min.)
Perfurar o arroz e colocar o sal.
Ligar o fogo (brando).
Antes de secar todo, desligar.
Tampar a panela a terminar de secar.

TRANSFERÊNCIA, CONTRATRANSFERÊNCIA E SUTILEZAS
















Luiz Gonzaga Caetano Monezi

De acordo com a teoria psicanalítica, a transferência se constitui pelo vínculo afetivo a instaurar-se automáticamente entre o cliente que é analisado e o terapeuta, que faz a análise; mediante projeções, sendo estas, positivas(muito bem vindas, especialmente no início da terapia, estabelece abertura à nova relação) ou negativas(pode ser riquíssima em termos de análise, mas com maiores dificuldades ao terapeuta, inclusive para não agir contratransferencialmente com seu cliente), possibilitando ao cliente o trabalho com suas emoções. O cliente reage, em relação ao terapeuta, como sendo uma outra pessoa, com a qual reagiu de forma original; ficando esclarecido, dessa forma, o relacionamento do cliente, com o indivíduo, então representado pelo terapeuta.
No início, considerava-se a transferência, um obstáculo a impedir o processo analítico, devendo, na visão de Freud, ser neutralizado, com superação, uma vez que iria atribuir ao terapeuta um outro papel que não o da terapia. E o próprio Jung, segundo Jacoby, chegou a afirmar, em uma de suas conferências em 1935, ser uma transferência, sempre um obstáculo, nunca uma vantagem . Mas, posteriormente, conforme Jacoby, passa a aceitar sua real importância à psicoterapia, ao afirmar: “Não é provavelmente exagero dizer que quase todos os casos que requerem um longo tratamento gravitam em torno do problema da transferência, e que o sucesso ou fracasso do tratamento parece estar essencialmente ligado a ele.” (JACOBY, 1984). Para Jung a transferência surge da ausência de uma real relação humana entre o terapeuta e o cliente, parecendo compensar essa falta de diálogo entre os mesmos.
Se a transferência advém da parte do cliente, há também a contratransferência, advinda do terapeuta. E a análise junguiana, propõe diferentes formas de contratransferência: a ilusiva (o analista, inconscientemente, contratransfere conteúdos próprios, impossibilitando insight relevante); contratransferência sintônica ou adequada (uma interação com a transferência do cliente), benéfica à terapia; contratransferência concordante (espontâneo com o cliente, mediante sua necessidade em utilizar o terapeuta, dentro do simbolismo do setting); contratransferência complementar (podendo o sentimento do analista servir de reação benéfica ao estado interno do cliente). Dessa forma, o terapeuta há que se cuidar, através de sutilezas, no que se refere às relações com o cliente, estando profundamente centrado nele e em si mesmo, em pleno uso de sua consciência, a fim de que o trabalho terapêutico não seja prejudicado. É importante lembrar que na proposta de Vanderberghe, a relação terapêutica pode ser compreendida como uma dinâmica de transferência e contratransferência (VANDERBERGHE, 2006). E aos behavioristas, são a causa de mudanças comportamentais.
Jung diverge de Freud, no que diz respeito ser a transferência, projeções de experiências da primeira infância (método reducionista). Para ele consistiria também conteúdos de experiências pessoais, oriundas do inconsciente pessoal e do inconsciente coletivo; compactuando com a gestalt-terapia, que também busca observar as circunstâncias e distorções da relação presente. Como propõe Jacoby, a função do analista junguiano, não é curar e que o auxílio só poderá vir através da mudança de atitude do cliente, através da obtenção de uma relação correta com seu subconsciente (JACOBY, 1984).
Da mesma forma que na abordagem junguiana, a gestalt-terapia, o terapeuta não se neutraliza, centra-se no cliente e em si mesmo, atento ao seu sentir pessoalmente, no momento, ante seu cliente, podendo compartilhar com o mesmo, parte do que sente e interagir, estando, no entanto, à disposição do cliente para acompanhá-lo. A gestalt-terapia supôe sempre o contexto, enfatizando ser o todo diferente das partes. E estas só fazem sentido, em relação ao conjunto. Ela estimula a simpatia, estando o terapeuta presente qual pessoa, numa relação atual Eu/Tu com o paciente, despertando awareness deste a sua inter-relação com o meio. Para o terapeuta sua vivência é sua ferramenta de trabalho, explorando os sentimentos ou impacto despertado pelo cliente; valendo-se destes como material de trabalho.
De acordo com o pensamento de Grün, não é o método psicológico utilizado pelo terapeuta que cura o cliente, mas o amor que ele lhe dispõe, ou, como exprime Rogers, o paciente necessita da experiência da aceitação incondicional do terapeuta para poder trabalhar a sua escassez de experiência de amor na infância. (GRÜN, 2009). O terapeuta ao se colocar em pé de igualdade com o cliente, ganha sua confiança propondo uma busca a dois, pela solução, e o cliente passa a se entregar na mesma intensidade que este. O terapeuta permite que o amor tenha sua fluência por ele, dentro do trabalho terapêutico. E então, ambos estão abertos ao que possa acontecer. É fundamental entender que a saúde psíquica do terapeuta, interferirá consideralvelmente na saúde do paciente.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JACOBY, M. - O Encontro Analítico: Transferência e relacionamento humano (Tradução de Claudia Gerpe Duarte) - São Paulo, Cultrix, 1984. KOLB - Psiquiatria Clínica - Rio de Janeiro, 1997.

VANDERBERGHE, L. & SOUZA, A. C. (2006). Mindfulness nas Terapias Cognitivas. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 2, 1, 35-44.
LOPEZ - Avaliação crítica das doutrinas psicanalíticas - Fundação Getúlio Vargas - Rio de Janeiro, 1964.

GRÜN,Anselm. Morar na casa do Amor. São Paulo: Edições Loyola, 2009.
SHARP, D. - Léxico Junguiano: Dicionário de termos e conceito (Tradução de Raul Milanez) - São Paulo:Cultrix,1991.

The American Heritage® Dictionary of the English Language, Fourth Edition copyright ©2000 by Houghton Mifflin Company. Updated in 2009. Published by Houghton Mifflin Company. Disponível em: www.thefreedictionary.com/awareness

FREUD, S. (1915/1969). Observações sobre o amor transferencial. In: Coleção standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (vol. 12, pp. 208-221). Rio de Janeiro: Imago

quinta-feira, 15 de julho de 2010

THE PORTRAIT OF MY LIFE






(Luiz Gonzaga Caetano Monezi)

Everywhere I saw your portrait
Upon the roof of heaven
Upon the fence of the street
Upon the glass of the air

But you were indeed
Upon the walls of my soul
Not just anywhere
Not just anywhere

Every where I saw your portrait
Upon the waves of the wind
Upon curtains of the rains
Upon the stone of my mind

Everywhere I saw your portrait
Upon the rampart of the light
Upon the mirror of the sky

Upon the faces passing by

terça-feira, 13 de julho de 2010

PÃO INTEGRAL








INGREDIENTES:
2 litros de água morna.
250 g de fibra de trigo grossa
ou 500 g de shorot (trigo grosso).
100 g de gérmen de trigo.
2 colheres de semente de linhaça.
2 colheres de açúcar mascavo
1 xícara de óleo.
2 colheres de lecitina de soja.
1 colher de sal marinho
2 quilos de farinha branca
1,5 kg de farinha integral
40 g de fermento biológico
Gergelim.

PREPARO DO FERMENTO:
1 colher de mel em meio copo de água morna(mexer).
Colocar o fermento (mexer).
1 colher de farinha branca (mexer)
Cobrir e deixar crescer.
PREPARO DO PÃO:
Colocar a água morna numa bacia de plástico, a fibra e a linhaça.
Acrescentar o fermento crescido, a lecitina, o sal, açúcar, óleo, o gérmen (mexendo após cada ingrediente).
Ir colocando alternadamente a farinha branca e a integral, mexendo sempre, até a massa ficar no ponto de amassar com as mãos.
Amassar até a massa ficar bem elástica.
Cobrir com toalha e coloque dentro de um saco plástico para crescer mais rápido.
Enrolar com gergelim, colocar em forma farinhada e deixar crescer, ao ponto de assar.

PLANTAS MEDICINAIS

(Dente de leão)












ALCOOLISMO: maracujá-açu, limão.
ÁCIDO-ÚRICO: cordão-de-frade, cavalinha,
chapéu-de-couro, vegetarianismo.
AFTAS: coalhada, alfavaca, hortelã.
ANEMIA: soja, pó da folha da mandioca seca
à sombra, cavalinha, pólen, artemísia.
ASMA: guaco, sálvia, eucalipto, hortelã.
AZIA: limão, erva-doce, espinheira-santa, er-
va-cidreira, tanchagem.
ALERGIA: cavalinha, bardana, fedegoso.
ARTRITE:cordão-de-frade,cavalinha,limão
AMIGDALITE: tanchagem, limão.
AMENORRÉIA:(falta de menstruação) cana
do brejo, artemísia, guaco, mil-em-ramas,
alfazema.
BAÇO:(problemas do) pariparoba, alfazema.
BRONQUITE: sálvia, guaco, embaúba.
BEXIGA(problemas da): cavalinha, cana-do
-brejo, carqueja, cordão-de-frade.
CÓLICAS(menstruais): mil-em-ramas, espi-
nheira-santa, camomila, artemísia.
CABEÇA(dor de): alfazema, erva-cidreira,li-
mão, maracujá-açu, batata em rodelas, gelo.
CIRCULAÇÃO(problemas de):mil-em-ramas
limão,carqueja,caminhada,banho,massagens
CORAÇÃO(problemas do): alecrim,embaúba
bardana, erva-cidreira.
CIÁTICA: chapéu-de-couro, alecrim, massa-
gens, caminhar, postura correta.
CABELOS(queda de): babosa, massagem, an-
túrio, tomate, bardana.
CASPA: limão e cebola,babosa, santa-bárbara
(semente), alimentação equilibrada.
CAXUMBA: tanchagem, erva-cidreira.
COLESTEROL: berinjela, limão, café de bu-
gre(trigliceris), soja, lecitina de soja.
CÂNCER: babosa, cavalinha, alecrim.
DENTE(dor de): malva, hortelã, salsa.
DIARRÉIA: broto de goiabeira, coalhada, fun
cho, camomila.
DIABETE:carqueja, insulina, agrião, alface,
cenoura japonesa, noz pekan,jurubeba,carambola
ESTÔMAGO(ardor de):tanchagem,alecrim(tintura
pariparoba, alfavaca, espinheira-santa, erva-cidr.
EPILEPSIA: sálvia, artemísia, limão, olho-de-boi,
erva-cidreira.
ESPINHAS:chapéu-de-couro,camomila, cavalinha
canafístula.
ENJÔOS: alecrim, limão,erva-cidreira.
ENXAQUECA: alfazema, cebola, buchinha.
FURÚNCULOS: salsa-parrilha, cavalinha, chapéu
de couro, tanchagem, babosa.
FÍGADO(problemas do): jacarandá da Bahia,man-
jerona, mil-em-ramas, losna, boldo, jurubeba, a-
lecrim, bardana.
FEBRE: hortelã, guaco, alfavaca, fedegoso,eucalíp
to, jurubeba, banhos.
GASTRITE; tanchagem, losna, couve, catinga de
mulata,meio limão em meio copo de água morna
e l colherinha de mel em jejum,alecrim(tintura),
boldo, espinheira santa, relaxamento.
GASES: sálvia. Poejo, funcho, alecrim, alfavaca,
alfazema,coalhada, relaxamento.
GRIPE: guaco, alfavaca, gengibre, erva-cidreira,
limão, alho, hortelã, alevante.
GOTA: cordão-de-frade, acelga, alface, bardana,
alfazema, aroeira, cavalinha.
HEMORRÓIDAS:mil-em-ramas,gervão, limão, ru
bim, melão-de-são-caetano.
HEPATITE: limão, gervão, picão.
HÉRNIA: cana-do-brejo, cipreste(fruto), babosa.
HERPES: cavalinha, bardana, limão, guaco, trapoe
raba.
HEMORRAGIAS: cavalinha(nasal), acelga(intesti
nal), abóbora(uterina).
INTESTINO PRESO: coalhada, mamão, chicória,
fibras, artemísia, linhaça, relaxamento.
INSÔNIA: maracujá-açu, dormideira,erva-cidreira
relaxamento, funcho, alfavaca.
IMPOTÊNCIA: cenoura, gengibre, gérmen, canela
pólen, ginseng, catuaba, hortelã.
LACTAÇÃO: cenoura, hortelã, soja, alho, relaxa
mento, música clássica.
LABIRINTITE: gincobiloba, olho-de-boi, levedo
MENOPAUSA: mil-em-ramas, camomila, lêvedo
de cerveja, pólen, ginseng.
MAU-HÁLITO: hortelã, limão, tanchagem.
MACHUCADURAS: pinhão verde(seiva),alecrim
rubim, babosa, arnica.
NERVOS: ginseng, maracujá-açu, levedo de cerve
já, erva-cidreira, relaxamento, alface,caminhadas
OBESIDADE: cana-do-brejo, carqueja, abacaxi,
café-de-bugre, ginseng, relaxamento,caminhadas
OLHOS: bálsamo, erva-cidreira, salsa, banho em
recipiente com água filtrada e l pitada de sal ma-
rinho, cavalinha.
OUVIDOS: maravilha(sumo da flor), alho, salsa.
PNEUMONIA: eucalipto, confrei, borragem.
PRISÃO-DE-VENTRE: coalhada, funcho, relaxa-
mento, exercícios.
PRESSÃO ALTA: sete-sangrias,alecrim,erva-cidr.
PRESSÃO BAIXA: fedegoso, maripuana.
RIM:cavalinha, cordão-de-frade, cana-do-brejo.
REUMATISMO: cordão-de-frade, guaco, alecrim,
borragem, carqueja, cavalinha, chapéu-de-couro
ROUQUIDÃO: gengibre, couve, hortelã, salsa.
SANGUE(impurezas do): cavalinha, salsa-parrilha
chapéu-de-couro, tanchagem.
SARAMPO: sabugueiro, borragem, bardana.
SINUSITE:sálvia, eucalipto (inalação).
TOSSE: gengibre, guaco, embaúba, jatobá, erva-ci
dreira, romã.
SOLUÇO: limão, agrião.
ÚTERO(inflamação do)cordão-de-frade,cavalinha
ÚLCERA: tanchagem, espinheira-santa, alecrim
(tintura), relaxamento.
VERMES: erva-de-santa-maria, coco, abóbora(se-
mente), artemísea, hortelã.
VARIZES: mil-em-ramas, limão, couve.
VITILIGO: flor-de-são-joão, levedo de cerveja.
VÔMITOS: limão, funcho, alecrim(tintura).

CHÁ
-l colher de sopa bem cheia da erva picadinha.
(-ou l colher de sopa (rasa) do pó da folha seca.)
-l copo grande de água a ferver.
-ao levantar fervura, colocar a erva, desligar o fo-
go e tampar, de 10 a 15 minutos após, poderá coar
e tomar o chá em várias vezes.
OBSERVAÇÃO: Ao chá das raízes, sementes e
cascas , dever-se-á colocar a planta junto com a
água ao fogo e deixar ferver de 5 a 10 minutos.
*Colher as folhas após o nascer do sol até as 10 h.
ou das 4 horas da tarde até o sol se por.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PINTO, J. E. B. P., SANTIAGO, E. J. A.e LA-
MEIRA, O. A. Compêndio de Plantas Medicinais. Lavras, Centro de Editoração – FAEP, 2000.250p.

BALBACH, A. A Flora Nacionalo na Me
dicina Doméstica. 19ª.Edição.S.Paulo: E-
ditora MVP. 919p.

AVALIAÇÃO OU CASTIGO?

Prof. Luiz Gonzaga Caetano Monezi

Em matéria de ensino-aprendizagem, a avaliação tem sido um dos assuntos mais discutidos ao longo desses anos no ambiente educacional. Tornou-se protagonista da grande evasão escolar, repetência e principalmente por refletir modelos de ensino contrários à aquisição de conhecimentos fundamentais aos alunos excluídos dos benefícios da riqueza socialmente produzida.. Afirmam pedagogos contemporâneos que ao avaliar o professor está avaliando a si próprio. E que, hoje, já não faz mais sentido o arcaico processo de avaliar o aluno apenas quantitativamente. A verdadeira avaliação deve contemplar acima de tudo aspectos qualitativos, não podendo jamais ser um processo final, isolado do montante das ações pedagógicas, supostamente ocorridas, mas contínua. Vasconcellos (2005, p. 32) analisa que o grande entrave da avaliação é o seu uso como instrumento de controle, de inculcação ideológica e de discriminação social. Se o professor é cúmplice de todo o sucesso do aluno, também o será pelo seu fracasso que por ventura a ele sobrevir.
Mesmo num mundo em plena evolução, o ultrapassado sistema avaliatória teima em prevalecer na maioria das nossas escolas e obviamente, na cabeça de inúmeros mestres. É bem nos moldes como retrata Offmann: "[...] conceber e nomear o “ fazer testes”, o “dar notas”, por avaliação é uma atitude simplista e ingênua! Significa reduzir o processo avaliativo, de acompanhamento e ação com base na reflexão, a parcos instrumentos auxiliares desse processo, como se nomeássemos por bisturi um procedimento cirúrgico" (HOFFMANN, 2000). São os percalços de uma a avaliação punitiva, que, na verdade, deveria ser um instrumento de crescimento dentro do processo de ensino-aprendizagem. É preciso entender professor e aluno como sujeitos do processo educativo. E vejamos o que diz Cláudio Saltini: “As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores” (SALTINI, 1999).
Para Philippe Perrenoud: “Mudar a avaliação, significa, provavelmente, mudar a escola.” (PERRENOUD, 1998). E então, por quantas mudanças a Escola não deveria passar se a avaliação responde por tantos fracassos na Educação? E o professor Luckesi, acrescemta: “Mais importante do que ser uma oportunidade de aprendizagem significativa, a avaliação tem sido uma oportunidade de prova de resistência do aluno aos ataques do professor” (LUCKESI, 2002, p. 23). O douto professor fala de inclusão, indispensável a qualquer processo de avaliação, que objetive trilhar ocaminho seguro do autêntico ensino-aprendizagem. E o mestre conclui: “A avaliação é um ato amoroso” ( LUCKESI, 1997).
Felizmente , uma boa parte dos mestres, já entenderam de certa forma a responsabilidade de avaliar, não incorrendo nas danosas práticas abusivas de alguns, com seu pseudo senso intocável de justiça, utilizando a avaliação, mais como um instrumento de controle ideológico, não reconhecendo o outro, na pessoa do aluno. Souza (1992 ) , ao se referir ao assunto diz que a avaliação exerce um poderoso controle sobre o conhecimento, porque o aluno " estuda " para fazer prova, responde corretamente aquilo que nem mesmo compreendeu, sem esquecer que as questões são mal formuladas e permitem várias interpretações.
Podemos pois, concluir, que ato avaliar é algo, profundamente sério, como sendo uma autêntica radiografia do processo ensino-aprendizagem, que não se limita apenas no cognitivo, mas, no montante das ações pedagógicas, na vivência do aprender, em busca de autonomia; não tendo nada a ver com “pegadinhas”, armadilhas, simples decorebas, que boa parte dos mestres, infelizmente, ainda utilizam, no pretenso ato de avaliar seus alunos, tomados por atitudes avessas ao processo de ensinar. E para fechar com chave de ouro, conclamemos com o sábio dizer do renomado arquiteto das palavras, o grande Guimarães Rosa: “Mestre é quem, de repente, aprende.”


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUCKESI, Cipriano. Avaliação: Otimização do Autoritarismo. Equívocos Teóricos na prática educacional, Rio de Janeiro, ABT, 1984.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética-libertadora do processo de avaliação escolar. 15.ed. São Paulo: Libertad, 2005. (Cadernos Pedagógicos do Libertad, v.3).

SOUZA, Angela Maria Calazans de. A avaliação no processo de construção do Conhecimento. Revista Amae - Educando. Belo Horizonte,( 226 ) 9:11 ,1992.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação : Mito e Desafio - Uma Perspectiva Construtivista. 18ª Ed. P. Alegre: Mediação , 1996.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

PRIMAVERA EM FLOR (Luiz Gonzaga Caetano Monezi)















A vida é um conto de fadas
uma canção
que Deus escreveu nos momentos
de inspiração
E no jardim da existência
somos botão
E vem o perfume das flores
do coração
É o amor, amor, amor
razão de tanta beleza
na natureza
que faz o sonho florir
o mundo sorrir
na paz, na alegria, de existir!